terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A cruz nos inspira a perdoar

“...lançavam-lhe insultos, balançando a cabeça e dizendo: “Ora, você que destrói o templo e o reedifica em três dias, desça da cruz e salve-se a si mesmo!” – Marcos 15.29

Há situações em que não entendemos por que Deus não reage com juízo às tantas ofensas que se fazem contra Ele. Já ouvi orações que pediam “justiça” a Deus por um mal recebido. Percebia-se que o desejo real era de vingança e não de justiça. É fácil crer num deus que briga, vence os inimigos com o poder da força ou com rituais esotéricos, que nos dá riquezas, poder, saúde, “vitórias sobre o inimigo”.
Apesar de os judeus servirem a Deus, eles tinham uma visão parecida com a dos pagãos, caracterizada por um deus vingativo. Jamais passaria pela cabeça deles um Deus capaz de se tornar homem, sofrer suas penas por puro amor.
Jesus rejeitou a tentação de descer da cruz para “provar” que Ele era poderoso. Ele aceitou a humilhação sabendo que a vitória viria no tempo certo. Essa vitória não seria para humilhar e sim para redimir. As palavras dele não foram de juízo e sim “perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.
A cruz nos inspira a perdoar, a ter misericórdia e clamara Deus pela libertação dos que nos desprezam. Pedir juízo sobre eles não é atitude digna de pessoas nascidas de Deus. O cristão pertence a um Espírito redentor, resgatador, e não a um espírito de vingança. Como seguidores de Jesus, não devemos levar em conta o desprezo e as acusações infundadas contra nós. Devemos orar pelos que nos perseguem, entendendo que também ofendemos a Deus e fomos perdoados. Com o perdão com que Cristo nos perdoou, assim também devemos perdoar. Devemos dar o que recebemos. Essa é a justiça que caracteriza o Reino de Deus.

Extraído do livro “Orando em família”

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