Você Já se inscreveu para o Retiro Espiritual da Igreja Batista Salvador Sal e Luz 2011? Será um momento de reflexão, comunhão e estudo da palavra de Deus, e também um momento de descanso e lazer. Não fique de fora!
TEMA: Uma só família
LOCAL: Pousada Kawan/Lago Azul, em Baixios (120 km de Salvador)
DATA: 30/09 a 02/10
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Viva a fé e viva a conduta!
“Ninguém deve buscar os seus próprios interesses e sim os interesses dos outros” (1Co 10.24, NTLH). O pastor de almas é muito mais comprometido com os outros do que qualquer outra pessoa. Ele precisa cuidar das ovelhas e cuidar do rebanho, como faz o pastor mencionado no Salmo 23. A diferença entre o mercenário e o bom pastor é que aquele abandona as ovelhas em situação de risco e este toma conta delas, a ponto de dar a própria vida por elas (Jô 10.11). O pastor precisa cuidar da igreja de Deus (1Tm 3.5).
Diante dessa obrigação, pode parecer estranho o conselho de Paulo a Timóteo: “Cuide de você mesmo e tenha cuidado com o que ensina” (1Tm 4.16, NTLH). Em outras versões lê-se: “Atente bem para a sua própria vida e para a doutrina” (NVI), “Mantenha-se vigilante em tudo quanto faz e pensa” (BV), “Vela por ti e pelo teu ensino” (Matos Soares), “Olha por ti e pela instrução dos outros” (EPC), “Presta atenção a ti mesmo e à doutrina” (BJ).
Não há contradição alguma. Para cuidar bem dos outros, Timóteo precisava primeiro cuidar bem dele e de sua pregação. Assim ele seria bem sucedido diante de Deus e do rebanho. Antes dessa exortação, Paulo havia feito outras: “Você será um bom servo de Cristo Jesus, alimentando-se espiritualmente com as doutrinas da fé e com o verdadeiro ensinamento que você tem seguido” e “Para progredir na vida cristã, faça sempre exercícios espirituais” (1Tm 4.6-7, NTLH).
Tudo está mais claro: Timóteo deveria juntar a ortopraxia (cuidado com a conduta) com a ortodoxia (cuidado com a doutrina). Em nenhuma outra parte da Bíblia esses dois cuidados estiveram tão próximos um do outro. O filho de Paulo na fé seria um aleijado se desprezasse a ortodoxia e se agregasse a ortopraxia e vice-versa. O jovem pastor deveria ser “um exemplo na maneira de falar, de agir, no amor, na fé e na pureza” (isso é ortopraxia) e não ter nada a ver com “idéias tolas nem mitos e lendas absurdas” (isso é ortodoxia), como está escrito no mesmo capítulo (1Tm 4.7,12). Timóteo deveria tratar “as mulheres jovens como irmãs, com toda pureza” (1Tm 5.2) tanto como “zelar pela pureza do evangelho que ele ficou encarregado de pregar” (1Tm 1.11).
A tentação que sempre existiu é a de separar a ortopraxia da ortodoxia ou a ortodoxia da ortopraxia. A pessoa que só pensa em teologia não dará a menor importância à piedade e será seca demais. A pessoa que só pensa em piedade não dará a mínima importância à teologia e será vulnerável demais.
Extraído de revista Ultimato (Jul/Ago 2011)
Diante dessa obrigação, pode parecer estranho o conselho de Paulo a Timóteo: “Cuide de você mesmo e tenha cuidado com o que ensina” (1Tm 4.16, NTLH). Em outras versões lê-se: “Atente bem para a sua própria vida e para a doutrina” (NVI), “Mantenha-se vigilante em tudo quanto faz e pensa” (BV), “Vela por ti e pelo teu ensino” (Matos Soares), “Olha por ti e pela instrução dos outros” (EPC), “Presta atenção a ti mesmo e à doutrina” (BJ).
Não há contradição alguma. Para cuidar bem dos outros, Timóteo precisava primeiro cuidar bem dele e de sua pregação. Assim ele seria bem sucedido diante de Deus e do rebanho. Antes dessa exortação, Paulo havia feito outras: “Você será um bom servo de Cristo Jesus, alimentando-se espiritualmente com as doutrinas da fé e com o verdadeiro ensinamento que você tem seguido” e “Para progredir na vida cristã, faça sempre exercícios espirituais” (1Tm 4.6-7, NTLH).
Tudo está mais claro: Timóteo deveria juntar a ortopraxia (cuidado com a conduta) com a ortodoxia (cuidado com a doutrina). Em nenhuma outra parte da Bíblia esses dois cuidados estiveram tão próximos um do outro. O filho de Paulo na fé seria um aleijado se desprezasse a ortodoxia e se agregasse a ortopraxia e vice-versa. O jovem pastor deveria ser “um exemplo na maneira de falar, de agir, no amor, na fé e na pureza” (isso é ortopraxia) e não ter nada a ver com “idéias tolas nem mitos e lendas absurdas” (isso é ortodoxia), como está escrito no mesmo capítulo (1Tm 4.7,12). Timóteo deveria tratar “as mulheres jovens como irmãs, com toda pureza” (1Tm 5.2) tanto como “zelar pela pureza do evangelho que ele ficou encarregado de pregar” (1Tm 1.11).
A tentação que sempre existiu é a de separar a ortopraxia da ortodoxia ou a ortodoxia da ortopraxia. A pessoa que só pensa em teologia não dará a menor importância à piedade e será seca demais. A pessoa que só pensa em piedade não dará a mínima importância à teologia e será vulnerável demais.
Extraído de revista Ultimato (Jul/Ago 2011)
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Sujar as mãos, a estratégia infalível.
“Porque, embora seja livre de todos, fiz-me escravo de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas.” – 1 Coríntios 9.19
Como Paulo, todo aquele que crê tem um propósito maior em sua jornada: ganhar o maior número possível de pessoas. Jamais poderá acomodar-se na satisfação de ser amado por Deus, sem compartilhar desse amor com quem não o conhece. Seria a pior forma de egoísmo: usufruir do perdão divino, sem se importar; “que tudo mais vá para o inferno!”.
É necessária uma estratégia para almejar ganhar o maior número possível de pessoas. Paulo recomenda tornar-se escravo de todos. O que isso significa? Significa servir, ajudar, trabalhar sem querer nada em troca! Quando fazemos algo não por obrigação, mas por sermos livres de todos, isso leva as pessoas a perguntar pela nossa motivação!
Um funcionário cristão decide tratar com especial deferência àquele colega chato de repartição que ninguém suporta mais. Outra irmã dispõe-se a visitar diariamente, por anos a fio, sua vizinha complicada e ouvir os seus lamentos. Voluntários de uma igreja de bairro cozinham todos os dias um almoço que é oferecido aos idosos pelo preço de custo. Uma missionária vai ensinar crianças surdo-mudas num país em que estas são ignoradas. Mais cedo ou mais tarde, as pessoas que são tratadas assim, bem como os que observam isso, vão perguntar por que esses irmãos agem dessa forma.
Um amigo meu, que semanalmente cozinha para idosos do bairro, foi perguntado pelo filho de um deles: “Você cozinha aqui porque está desempregado?”. “Não! Tenho uma empresa de informática com vinte funcionários!”. O filho continuou: “Mas por que faz isso, se nenhum dos idosos é parente seu?”. Então, seguiu-se uma longa conversa sobre Jesus!
Senhor Jesus, Tu me libertaste. Ajuda-me a usar bem essa liberdade! Quero aprender a tornar-me livre escravo de todos!
Extraído do livro “Orando em Família”.
Como Paulo, todo aquele que crê tem um propósito maior em sua jornada: ganhar o maior número possível de pessoas. Jamais poderá acomodar-se na satisfação de ser amado por Deus, sem compartilhar desse amor com quem não o conhece. Seria a pior forma de egoísmo: usufruir do perdão divino, sem se importar; “que tudo mais vá para o inferno!”.
É necessária uma estratégia para almejar ganhar o maior número possível de pessoas. Paulo recomenda tornar-se escravo de todos. O que isso significa? Significa servir, ajudar, trabalhar sem querer nada em troca! Quando fazemos algo não por obrigação, mas por sermos livres de todos, isso leva as pessoas a perguntar pela nossa motivação!
Um funcionário cristão decide tratar com especial deferência àquele colega chato de repartição que ninguém suporta mais. Outra irmã dispõe-se a visitar diariamente, por anos a fio, sua vizinha complicada e ouvir os seus lamentos. Voluntários de uma igreja de bairro cozinham todos os dias um almoço que é oferecido aos idosos pelo preço de custo. Uma missionária vai ensinar crianças surdo-mudas num país em que estas são ignoradas. Mais cedo ou mais tarde, as pessoas que são tratadas assim, bem como os que observam isso, vão perguntar por que esses irmãos agem dessa forma.
Um amigo meu, que semanalmente cozinha para idosos do bairro, foi perguntado pelo filho de um deles: “Você cozinha aqui porque está desempregado?”. “Não! Tenho uma empresa de informática com vinte funcionários!”. O filho continuou: “Mas por que faz isso, se nenhum dos idosos é parente seu?”. Então, seguiu-se uma longa conversa sobre Jesus!
Senhor Jesus, Tu me libertaste. Ajuda-me a usar bem essa liberdade! Quero aprender a tornar-me livre escravo de todos!
Extraído do livro “Orando em Família”.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Uma reflexão sobre o casamento
“Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor [...]. Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja.” – Efésios 5.22,25.
Muitos consideram que o apóstolo Paulo teria sido um incorrigível misógino (alguém que tem aversão a mulheres). Mas aqueles que pensam assim provavelmente não levaram em conta as implicações de Efésios 5.21-33, pois nessa passagem, séculos à frente de seu tempo, há um sublime ensino cristão que precisa ser esclarecido urgentemente. Considere seus cinco aspectos:
Primeiro, a exigência que a esposa se submeta a seu marido é uma aplicação particular de uma regra cristã geral, pois a ordem para as esposas se sujeitarem (v. 22) vem imediatamente após a ordem para todos se sujeitarem uns aos outros (v. 21). Se, portanto, é obrigação da esposa sujeitar-se ao marido, é também obrigação dele, como participante da nova humanidade de Deus, sujeitar-se a ela. A submissão não deve ser unilateral. Trata-se de uma obrigação cristã universal, exemplificada pelo próprio Senhor Jesus.
Segundo, a esposa deve ser submissa a um marido amoroso, e não a um monstro. Paulo não diz: “Esposas, sujeitem-se; maridos mandem”, mas: “Esposas, sujeitem-se... maridos amem”. Entre um marido amoroso e um tirano há uma diferença enorme.
Terceiro, os maridos devem amar como Cristo amou (essa ordem é repetida por três vezes). Submeter-se pode parecer difícil, mas amar é ainda mais. O clímax dessa exigência é atingido no versículo 25, em que os maridos são exortados a amar suas esposas “como Cristo amou a igreja e se entregou por ela”. Não há padrão que se possa comparar ao amor demonstrado no Calvário.
Quarto, o amor do marido, assim como o amor de Cristo, é um amor que se sacrifica a fim de servir. Isto é, Cristo amou a igreja e ofereceu sua vida por ela para livrá-la de todos os defeitos e apresenta-la como igreja gloriosa. A liderança do marido, semelhantemente, não é para subjugar ou oprimir a esposa, mas antes para liberar a plenitude de sua feminilidade.
Quinto, a submissão é um outro aspecto do amor. Embora sujeitar-se e amar sejam verbos diferentes, é difícil fazer distinção entre eles, pois o que é sujeitar-se? É entregar-se a alguém. O que é amar? É entregar-se a alguém. Assim, uma entrega altruísta tanto da parte do marido como da parte da esposa é o alicerce para um casamento duradouro e próspero.
John Stott – Extraído do livro “A Bíblia toda, o ano todo”.
Muitos consideram que o apóstolo Paulo teria sido um incorrigível misógino (alguém que tem aversão a mulheres). Mas aqueles que pensam assim provavelmente não levaram em conta as implicações de Efésios 5.21-33, pois nessa passagem, séculos à frente de seu tempo, há um sublime ensino cristão que precisa ser esclarecido urgentemente. Considere seus cinco aspectos:
Primeiro, a exigência que a esposa se submeta a seu marido é uma aplicação particular de uma regra cristã geral, pois a ordem para as esposas se sujeitarem (v. 22) vem imediatamente após a ordem para todos se sujeitarem uns aos outros (v. 21). Se, portanto, é obrigação da esposa sujeitar-se ao marido, é também obrigação dele, como participante da nova humanidade de Deus, sujeitar-se a ela. A submissão não deve ser unilateral. Trata-se de uma obrigação cristã universal, exemplificada pelo próprio Senhor Jesus.
Segundo, a esposa deve ser submissa a um marido amoroso, e não a um monstro. Paulo não diz: “Esposas, sujeitem-se; maridos mandem”, mas: “Esposas, sujeitem-se... maridos amem”. Entre um marido amoroso e um tirano há uma diferença enorme.
Terceiro, os maridos devem amar como Cristo amou (essa ordem é repetida por três vezes). Submeter-se pode parecer difícil, mas amar é ainda mais. O clímax dessa exigência é atingido no versículo 25, em que os maridos são exortados a amar suas esposas “como Cristo amou a igreja e se entregou por ela”. Não há padrão que se possa comparar ao amor demonstrado no Calvário.
Quarto, o amor do marido, assim como o amor de Cristo, é um amor que se sacrifica a fim de servir. Isto é, Cristo amou a igreja e ofereceu sua vida por ela para livrá-la de todos os defeitos e apresenta-la como igreja gloriosa. A liderança do marido, semelhantemente, não é para subjugar ou oprimir a esposa, mas antes para liberar a plenitude de sua feminilidade.
Quinto, a submissão é um outro aspecto do amor. Embora sujeitar-se e amar sejam verbos diferentes, é difícil fazer distinção entre eles, pois o que é sujeitar-se? É entregar-se a alguém. O que é amar? É entregar-se a alguém. Assim, uma entrega altruísta tanto da parte do marido como da parte da esposa é o alicerce para um casamento duradouro e próspero.
John Stott – Extraído do livro “A Bíblia toda, o ano todo”.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
LIMITES
SOMOS A ÚLTIMA GERAÇÃO DE FILHOS QUE OBEDECERAM A SEUS PAIS E A PRIMEIRA GERAÇÃO DE PAIS QUE OBEDECERAM A SEUS FILHOS...
Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história. O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas agressivamente e poderosas do que nunca. Parece que em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais, e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.
À medida que o permissível substitui o autoritarismo, os termos das relações familiares, mudou de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais, aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam a suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, às crianças que eram formais e veneravam a seus pais. Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira, que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim. Quer dizer, os papéis se inverteram e agora, são os pais quem têm que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para ser os melhores amigos e "tudo dar" a seus filhos. Dizem que os extremos se atraem. E se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preencha de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles. Os filhos precisam perceber que durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca. Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás os carregando e rendidos a sua vontade. É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros, nem destino. Os limites abrigam o indivíduo.
Escrito por: Mônica Monasterio
Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história. O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas agressivamente e poderosas do que nunca. Parece que em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais, e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.
À medida que o permissível substitui o autoritarismo, os termos das relações familiares, mudou de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais, aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam a suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, às crianças que eram formais e veneravam a seus pais. Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira, que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim. Quer dizer, os papéis se inverteram e agora, são os pais quem têm que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para ser os melhores amigos e "tudo dar" a seus filhos. Dizem que os extremos se atraem. E se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preencha de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles. Os filhos precisam perceber que durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca. Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás os carregando e rendidos a sua vontade. É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros, nem destino. Os limites abrigam o indivíduo.
Escrito por: Mônica Monasterio
Assinar:
Postagens (Atom)