terça-feira, 26 de abril de 2011
UMA HISTÓRIA DE FÉ, LUTAS E MUITAS VITÓRIAS
O gigante da fé, George Müller, nasceu na Alemanha em 1805. Quando jovem costumava roubar e mentir, segundo ele mesmo quase não houve pecado no qual não tivesse caído. Aos 20 anos de idade, tornou-se cristão depois de visitar uma pequena reunião em uma casa. Sua conversão foi dramática e ele abandonou de vez seus hábitos pecaminosos. Em 1829 foi a Londres para fazer um treinamento na Sociedade Londrina para a Promoção do Cristianismo entre os Judeus.
O aspecto mais significante dos 92 anos de vida de George Müller na terra foi sua obediência absoluta à vontade de Deus.
Em 1830 ele casou-se com Mary Grooves, que se tornou uma verdadeira companheira e sustentáculo nos anos seguintes. Três semanas depois de seu casamento, Müller e sua esposa decidiram abrir mão de seu salário como pastor de uma pequena congregação, e depender exclusivamente de Deus para suas necessidades. Já desde o início, ele tomou a posição que manteria durante todo o seu ministério, de nunca revelar suas necessidades às pessoas, e de nunca pedir dinheiro de ninguém, somente de Deus. Ao mesmo tempo, decidiu que também nunca entraria em dívida por motivo algum, e que não faria reservas, nem guardaria dinheiro para o futuro.
Müller recebeu aproximadamente R$ 395.250.000,00 em resposta a orações sem jamais ter pedido ofertas. Além de nunca divulgar suas necessidades, ele tinha um critério muito rigoroso para receber ofertas. Por mais que estivesse precisando (pois em milhares de ocasiões não havia recursos para a próxima refeição), se o doador tivesse outras dívidas, se tivesse evidência de que havia alguma atitude errada, ou alguma condição imprópria, a oferta não era aceita.
Em 1834 ele fundou o Instituto de Conhecimentos das Escrituras, que existe até hoje, sempre respeitando o princípio que ele mesmo impôs de nunca depender de patrocínios, nunca fazer apelos por ofertas e nunca contrair dívidas.
Ele também orava diariamente pela conversão de pessoas; e orou durante cinqüenta anos por algumas pessoas, mostrando sua fé e confiança em Deus. Todas as suas orações eram registradas em livros, com a data do começo da petição, o pedido a Deus, a data da resposta e como Deus respondeu.
Durante mais de sessenta anos de ministério, Müller iniciou 117 escolas que educaram mais de 120.000 jovens e órfãos; distribuiu 275.000 Bíblias completas em diferentes idiomas além de grande quantidade de porções menores; sustentou 189 missionários em outros países; e sua equipe de assistentes chegou a contar com 112 pessoas.
Seu maior trabalho foi dos orfanatos em Bristol, na Inglaterra. Começando com duas crianças, o trabalho foi crescendo com o passar dos anos, e chegou a incluir cinco prédios construídos por ele mesmo, com nada menos que 2000 órfãos sendo alimentados, vestidos, educados e treinados para o trabalho. Ao todo, pelo menos dez mil órfãos passaram pelos orfanatos durante sua vida. Só a manutenção destes órfãos custava 26 mil libras por ano. Nunca ficaram sem uma refeição, mas muitas vezes a resposta chegava na última hora. Às vezes sentavam para comer com pratos vazios, mas a resposta de Deus nunca falhava.
George Müller era um homem comum, mas sua fé inegável e confiança total em Deus e seu amor a Ele têm o mesmo impacto no mundo hoje do que quando ele partiu. Sua vida continua sendo uma inspiração para todos aqueles que entregaram sua vida para Deus. E para todos nós continua sendo mais uma daquelas "vidas que marcaram...".
Müller morreu em 1898, aos 92 anos. Ele participou ativamente, enquanto viveu, em Bethesda e nos orfanatos até o dia anterior da sua morte. Segundo o jornal The Bristol Mercury, foi "a maior personalidade que Bristol conheceu como cidadão nesta geração". O Bristol Evening News escreveu que "na era do agnosticismo e materialismo, ele pôs em prática teorias sobre as quais muitos homens estavam contentes em sustentar uma controvérsia inútil".
Nossa biblioteca conta com os seguintes títulos sobre George Müller:
- Bailey, Faith. George Müller. São Paulo, Vida.
- Lobo, H. P. de Castro. George Müller: 50 mil orações respondidas. Rio de Janeiro: Escola Bíblica do Ar.
Vale a pena ler!
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Cristo Ressussitou! Em verdade Ele ressussitou! É assim que nos saudamos aqui na Romênia no dia da Páscoa e é assim que queremos saudar a você nesse dia especial por proporcionar ao povo romeno a oportunidade de serem alcançados para que essa afirmação tenha efeito prático em suas vidas. Ao contrário dos ovos de chocolate do Brasil, aqui nós pintamos ovos de galinha e damos de presente aos amigos como desejo de vida nova. Assim, receba, ainda que virtualmente, esses ovinhos pintados pelas crianças como lembrança de sua família missionária. Feliz Páscoa! Jorge, Virgínia, Elisa e Filipe.
“Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações:
Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;
Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos;
E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder,
Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus.” Efésios 1.16-20
O médico que experimentou a cura
“A sua fama, porém, se espalhava cada vez mais, e grande multidões se ajuntavam para ouvi-lo e serem curadas de suas doenças. Mas ele se retirava para lugares desertos, e ali orava” (Lc 5.15,16)
É quase unânime a convicção de que Dr. Lucas, o médico amado (Cl 4.14), tenha sido o autor deste belo Evangelho. Desde o início da narrativa ele deixou clara sua intenção de analisar sistematicamente as evidências. Seu objetivo era “investigar tudo cuidadosamente desde o começo e escrever uma narrativa em ordem” (Lc 1.3).
O olhar metódico, organizado e racional eram marcas distintivas na vida de Lucas. Talvez os vários anos de estudo e o exercício da medicina o tenham deixado assim. Sendo ou não por esta razão, fato é que Lucas era mestre em capturar detalhes riquíssimos. Foi dele, por exemplo, a informação de que Jesus sofrera um fenômeno raríssimo na medicina: a Hematidrose (suor sanguinolento). Nem Mateus, Marcos ou João o fizeram, mas apenas Lucas. A perícia do seu olhar clínico era impressionante, mas não para por aí.
Outros detalhes curiosos na narrativa de Lucas merecem destaque. O Dr. Lucas, cristão recém-convertido, dá evidências da sua nova natureza. Apesar do rigor técnico com que sempre viu a vida, ele agora demonstra ser alguém sensível à realidade espiritual. Detalhes encontrados no evangelho escrito por ele atestam isso.
No capítulo 6, versículos 12 a 16, Lucas narra a escolha dos doze Apóstolos. Mas fez questão de mencionar o que antecedeu aquela importante ocasião: “Naqueles dias, Jesus se retirou para um monte a fim de orar; e passou a noite toda orando a Deus” (Lc 6.12). Mateus (10.1-4) e Marcos (3.13-19) também registraram este solene momento, mas apenas Lucas enfatizou a intensa madrugada de oração que o precedeu.
Lucas mirou em algo que era inegociável na vida de Jesus: oração. Foi dele a observação de que, apesar da fama que crescia cada vez mais, Jesus sempre se retirava para lugares desertos para orar (Lc 5.15,16). Também mencionou que Ele, em meio à grande aflição, orava cada vez mais (Lc 22.44). Lucas se rendeu, encantado, à rotina devocional de Jesus. A simplicidade espiritual do Mestre cativou a alma daquele médico.
Fica aqui uma importante lição. Apesar da nossa realidade social, acadêmica, financeira, devemos rogar a Deus que torne nossa alma sensível ao seu manifestar diário. Quase sempre nossa agenda pós-moderna frenética atropela e mata a sensibilidade da nossa alma. Somos atingidos por uma espécie de torpor espiritual. Não mais conseguimos ver e sentir o manifestar de Deus em detalhes do nosso cotidiano. E esse é um prejuízo danoso e quase irreparável.
É necessidade prioritária nos (re) encantarmos com a beleza do nosso Deus, manifestada, quase sempre, em detalhes minúsculos da vida. Confinar nossa intimidade com Deus às reuniões dominicais é assinar decreto de morte para nossa vida espiritual. Se negligenciarmos este aspecto importante da caminhada cristã, sofreremos as conseqüências. Talvez, por esta razão, Paulo, contemporâneo do Dr. Lucas, alertou que havia entre os cristãos coríntios “muitos fracos, doentes e não poucos que dormiam” (1 Co 11.30, adaptado). Se não tivermos cuidado, poderemos, sem perceber, trilhar este nefasto caminho.
É tempo de fincarmos estacas, elegendo o que realmente deve ser prioridade em nossas vidas. E que demos um basta à mornidão espiritual. Que nos extasiemos a cada nova oração, leitura bíblica, comunhão. E que estejamos sensíveis ao manifestar diário de Deus em nossas vidas. Amém!
Pr. Francisco Helder Sousa Cardoso
http://franciscohelder.wordpress.com
Belém, Amazônia
segunda-feira, 18 de abril de 2011
ABRACE O TEMOR DO SENHOR
TEXTO BÁSICO: Deut. 10 :12 – “ E AGORA. Ó ISRAEL, QUE É O QUE O SENHOR TEU DEUS PEDE DE TI, SENÃO QUE TEMAS O SENHOR TEU DEUS, QUE ANDES EM TODOS OS SEUS CAMINHOS, E O AMES, E SIRVAS AO SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO E DE TODA A TUA ALMA.
1 – TEMOR DO SENHOR - Deut. 6. 13 – TEMAM O SENHOR, O SEU DEUS, E SÓ A ELE PRESTEM CULTO, E JUREM SOMENTE PELO SEU NOME.
Ex. 20.20 – MOISÉS DISSE AO POVO: NÃO TENHAM MEDO! DEUS VEIO PROVÁ-LOS, PARA QUE O TEMOR DE DEUS ESTEJA EM VOCÊS E OS LIVRE DE PECAR.
Sl. 25.14 - A INTIMIDADE DO SENHOR É PARA OS QUE O TEMEM...
“ O TEMOR DO SENHOR É O PRINCÍPIO, OU PONTO DE PARTIDA, DE UM RELACIONAMENTO ÍNTIMO COM DEUS”
* “ INTIMIDADE COM DEUS É DIFERENTE DE FAMILIARIDADE – DEUS NÃO TOMA POR INOCENTE O QUE TOMA O SEU NOME EM VÃO”. CUIDADO PARA NÃO BANALIZAR O SAGRADO. TEM GENTE QUE ATÉ JUSTIFICA O SEU PECADO DIZENDO QUE FOI DEUS QUEM FALOU COM ELE . EX. “ DEUS ME FALOU PARA JOGAR NA LOTERIA E ATÉ ME REVELOU OS NÚMEROS PARA JOGAR”. QUE ABSURDO! ISSO É “MACUMBA E NÃO EVANGELHO”. ERRAIS POR NÃO CONHECER AS ESCRITURAS E NEM O PODER DE DEUS. NÃO FAÇAM COMO OS FILHO DO SACERDOTE ELI – HOFINI E FINÉIAS QUE MORRERAM POR NÃO TEMEREM A DEUS. I Sm.2. 12- 17; 4.11; ASSIM COMO ABIU E NADABE ( FILHOS DE ARÃO ) QUE LEVARAM FOGO ESTRANHO AO ALTAR DO SENHOR, E O FOGO DA IRA DE DEUS OS MATOU. Lv. 10.1-2.
* NÃO POSSO CONTROLAR DEUS TENHO QUE ME PROSTRAR DIANTE DELE COM REVERÊNCIA.
* EUGENE PETERSON NOS ENSINA QUE A EXPRESSÃO TEMOR- DO –SENHOR É UM SINTAGMA, OU SEJA, TRÊS PALAVRAS QUE FORMAM UMA ÚNICA PALAVRA. SER TEMENTE É SER REVERENTE, MISTURA DE
ADIMIRAÇÃO COM DESEJO A PONTO DE QUERER SER IMITADOR DE DEUS.
* NÃO PODEMOS USAR A GRAÇA DE DEUS COMO OPOSTA AO TEMOR DE DEUS. A GRAÇA DE DEUS NÃO É UMA LICENÇA PARA PECARMOS. JAMAIS DEVEMOS BANALIZÁ-LA.
Pv. 9.10 - O TEMOR DO SENHOR É O PRNCÍPIO DA SABEDORIA, E O CONHECIMENTO DO SANTO É ENTENDIMENTO.
Pv. 3.7 – NÃO SEJA SÁBIO AOS SEUS PRÓPRIOS OLHOS; TEMA O SENHOR E EVITE O MAL.
Ec. 12. 13 – AGORA QUE JÁ SE OUVIU TUDO, AQUI ESTÁ A CONCLUSÃO: TEMA A DEUS E OBEDEÇA AOS SEUS MANDAMENTOS, PORQUE ISSO É O ESSENCIAL PARA O HOMEM.
Lc. 12. 4-5 – EU LHES DIGO, MEUS AMIGOS: NÃO TENHAM MEDO DOS QUE MATAM O CORPO E DEPOIS NADA MAIS PODEM FAZER. MAS EU LHES MOSTRAREI A QUEM VOCÊS DEVEM TEMER: TEMAM AQUELE QUE, DEPOIS DE MATAR O CORPO, TEM PODER PARA LANÇAR NO INFERNO. SIM, EU LHES DIGO, ESSE VOCÊS DEVEM TEMER.
At. 9.31 - ASSIM AS IGREJAS EM TODA A JUDÉIA, GALILÉIA E SAMARIA
TINHAM PAZ. ERAM FORTALECIDAS E, EDIFICADAS PELO ESPÍRITO SANTO, SE MULTIPLICAVAM, ANDANDO NO TEMOR DO SENHOR.
Hb. 12.28 – PORTANTO, JÁ QUE ESTAMOS RECEBENDO UM REINO INABALÁVEL, SEJAMOS AGRADECIDOS E, ASSIM, ADOREMOS A DEUS DE MODO ACEITÁVEL, COM REVERÊNCIA E TEMOR.
* TEMER A DEUS NÃO SIGNIFICA TER MEDO DE DEUS, SIGNIFICA RESPEITÁ-LO, REVERENCIÁ-LO, HONRÁ-LO, DIGNIFICÁ-LO, AMÁ-LO, COLOCÁ-LO NO LUGAR DE GLÓRIA, ADIMIRÁ-LO... “NÃO PODEMOS TRATAR A DEUS COMO NOSSO IGUAL”.
EX. PERGUNTARAM A UM CASAL QUAL ERA O SEGREDO DE ESTAREM CASADOS HÁ 50 ANOS ( BODAS DE OURO). O MARIDO DISSE QUE QUANDO CASOU COLOCOU A MULHER EM UMA MULA E FOI PARA O
LOCAL DA LUA DE MEL. NO CAMINHO A MULA CAIU E O MARIDO DISSE A ELA PRIMEIRA VEZ!, MAIS NA FRENTE CAIU DE NOVO, E O MARIDO DISSE – SEGUNDA VEZ! NA TERCEIRA QUEDA ELE PEGOU O REVÓLVER E BUM! MATOU A MULA. A MULHER FICOU ASSUSTADA E DISSE QUE QUER ISSO HOMEM? VOU CHAMAR O IBAMA. ELE DISSE A ELA PRIMEIRA! A PARTIR DE ENTÃO MINHA MULHER NÃO MAIS ABRIU A BOCA, EIS A RAZÃO DA PERMANÊNCIA DO MEU CASAMENTO.
NÃO É ESSA RELAÇÃO DOENTIA QUE TEREMOS DE TER COM DEUS, MAS AMÁ-LO COM TEMOR E NÃO COM MEDO!
“ NÃO PODEMOS AMAR A DEUS VERDADEIRAMENTE A MENOS QUE O TEMAMOS; NEM PODEREMOS TEMÊ-LO CORRETAMENTE A MENOS QUE O AMEMOS”
A CONVERSÃO É UM PONTO DE PARTIDA E NÃO DE CHEGADA- JORNADA É PROGRESSIVA. QUEM É SANTO SANTIFIQUE-SE MAIS.”A VEREDA DO JUSTO É COMO A LUZ DA AURORA QUE VAI BRILHANDO MAIS E MAIS ATÉ SER DIA PERFEITO.” “QUANDO OLHAMOS PARA OS PECADORES SOMOS O MÁXIMO, MAS QUANDO OLHAMOS PARA CRISTO – SENHOR TENHA MISERICÓRDIA DE NÓS”.
ALGUNS EXEMPLOS DE TEMOR A DEUS:
JOSÉ - Gn. 42.18;
OBADIAS – Irs. 18.3 - ACABE CONVOCOU OBADIAS, O RESPONSÁVEL POR
SEU PALÁCIO, HOMEM QUE TEMIA MUITO O SENHOR.
MOISÉS E ABRAÃO, DAVI...
É ESTE CAMINHO QUE QUERO TRILHAR...
Jarbas Matos Santos
Donos do mundo.
Algumas virtudes são filhas bastardas. Ninguém dá muita bola para elas, permitindo que mofem no rol das verdades que não se conectam com a vida normal. São consideradas práticas reservadas aos mosteiros, ou para quem ambiciona ser canonizado.
Quem, num mundo como o atual, gostaria de ser manso? Esta virtude que soa como fraqueza, falta de consistência ou subserviência?
Os muito machos não desejam ser mansos porque evitam parecer afeminados. As mulheres não toleram a sugestão de serem mansas porque suspeitam que exista por detrás de tal proposta, uma ideologia para reforçar a secular dominação patriarcal sobre elas.
Convém procurar desmistificar o que seja mansidão. A raiz da palavra descreve apenas uma pessoa simples, humilde, ou gentil.
Manso é quem não conquista nada pela violência e que, em seus projetos pessoais, mostra-se cuidadoso com o próximo.
As maiores ameaças à nossa humanidade estão ligadas ao poder e suas seduções. O poder nos torna arrogantes, frios, duros e inclementes. Somente a fragilidade nos torna dóceis, amáveis e de fácil relacionamento.
Tornamo-nos raquíticos quando ambicionamos o poder e nos fortalecemos quando acolhemos o singelo.
Os mansos são maleáveis, ensináveis e permitem o amadurecimento, enquanto a rigidez do poderoso o infantiliza. O simples pede: “Fale, que eu quero crescer”. O soberbo afirma: “Não preciso aprender mais nada”.
A altivez gera afastamentos, enquanto que a humildade nos capacita a conviver com o próximo.A empáfia nos impede de admitir que nosso próximo nos corrija. Assim, estancamos e nunca amadurecemos.
Quando crescemos em mansidão, aprendemos contentamento. Inúmeras tristezas nascem da frustração de sabermos que não possuimos o controle do nosso futuro; angustiados, somos tangidos, percebendo que nossa felicidade flutua de acordo com as marés circunstanciais.
Só os mansos abrem mão de suas falsas onipotências.
Só os mansos aprenderam a navegar despretensiosamente pela existência.
Só os mansos estão dispostos a perder a vida.
Só os mansos herdarão a terra.
Soli Deo Gloria.
Ricardo Gondim
sexta-feira, 15 de abril de 2011
“ALÔ, ALÔ REALENGO, AQUELE ABRAÇO!”
No dia 7 de abril de 2011, na escola Tasso da Silveira, no Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro aconteceu a matança de 12 crianças, realizada pelo ex-aluno, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que se matou logo após o ataque. Esta tragédia mexeu com nossos sentimentos, a mídia relatou este fato de forma abrangente, ficamos perplexos com tamanha atrocidade. O que levou este jovem a cometer tão hediondo crime? Eis a pergunta que paira no ar. Nada justifica este pecado. O mesmo se apresentará ao tribunal do Justo Juiz. “Depois da morte segue-se o juízo”.
Resta-nos lamentarmos o ocorrido. Chorarmos com os que choram as suas perdas e pedirmos ao Espírito Santo que console os corações feridos de todos os familiares e amigos das vítimas deste assombroso massacre. Rogamos a Deus que este seja o primeiro e último crime, desta natureza, cometido aqui em terra brasileira. Rogamos aos pais que se aproximem mais dos seus filhos, dando-lhes amor e educação cristã. Rogamos aos filhos que honrem aos seus pais, pois este é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. Ef. 6. 2-3. Que os corações dos pais sejam convertidos aos corações dos filhos, e o coração dos filhos aos pais, para que a terra não seja ferida com maldição. Ml. 4.6.
Quanto aos feedbacks deixados pelo jovem assassino, vamos usá-los para apagar dos nossos relacionamentos o falado bullying e exercermos a nossa fé de forma racional e não fatal como a fanática fé de Wellington. Que Deus nos livre do mal, em nome de Jesus, amém!
JARBAS MATOS SANTOS.
Realengo
1) EM MARÇO de 2009, em Wendlingen, Alemanha, um jovem de 17 anos entrou no colégio do qual ele tinha sido aluno e começou uma matança que terminou com seu suicídio e custou a vida a 15 pessoas.
Na época, notei que, para os suicidas-assassinos de massa, encarnar o anjo da morte é sempre uma demonstração pública. E perguntei: uma demonstração de quê?
Pois é, num mundo dominado por máscaras e aparências, talvez os únicos eventos que se destaquem por serem indiscutivelmente reais sejam o nascimento e a morte. Nessa ótica, as meninas, para nos obrigar a levá-las a sério, podem engravidar e dar à luz. Quanto aos meninos, o que lhes sobra para serem levados a sério é morrer ou matar.
Por isso as meninas pensam no amor, e os meninos, na guerra; as meninas sonham em ser mestres da vida, os meninos sonham em ser mestres da morte.
Em suma, atrás da singularidade das razões de cada um, os suicidas-assassinos (todos homens) parecem agir na tentativa desesperada de se levarem a sério e de serem, enfim, levados a sério: “O mundo me despreza e me desprezará mais ainda, mas, diante de meu ato mortífero, não poderá negar que sou gente grande, um “macho de respeito’”.
Mais um detalhe. Cada vez mais, a preservação da vida parece ser nosso valor supremo. Todos estão dispostos a qualquer coisa para não morrer; não é estranho que, de repente, aos olhos de alguns, a verdadeira marca de superioridade pareça ser a facilidade em matar e se matar.
2) É possível que a vida escolar de Wellington, o assassino de Realengo, tenha sido um suplício. Mas a simples vingança pelo bullying sofrido não basta para explicar seu ato. Eis um modelo um pouco mais plausível (e infelizmente comum).
Durante sua adolescência, um jovem é zombado pelos colegas e, sobretudo, pelas meninas que despertam seu desejo. Para se proteger contra a recusa e a humilhação, o jovem se interdita o que ele deseja e que lhe está sendo negado: “As meninas que eu gosto riem de mim e de meu desejo por elas; para não me transformar numa piada, farei da necessidade virtude: entrarei eu mesmo em guerra contra meu desejo. Ou seja, transformarei a exclusão e a gozação num valor: não fui rechaçado, eu mesmo me contive -por exemplo, porque quero me manter ilibado, sem mancha”.
Wellington, o assassino de Realengo, na sua carta de despedida, pede para não ser contaminado por mãos impuras. Difícil não pensar no medo de ele ser contaminado por suas próprias mãos, e no fato de que a morte das meninas preservaria sua pureza, libertando-o da tentação.
A matança, neste caso, é uma maneira de suprimir os objetos de desejo, cuja existência ameaça o ideal de pureza do jovem. Ora, é graças a esse ideal que ele transformou seu fracasso social e amoroso numa glória religiosa ou moral. Como se deu essa transformação?
Simples. Para transformar os fracassos amorosos em glória, o fanatismo religioso é o cúmplice perfeito. Funciona assim: você é isolado? Sente-se excluído da festa mundana? Pois bem, conosco você terá uma igreja (real ou espiritual, tanto faz) que lhe dará abrigo; ajudaremos você a esquecer o desejo de participar de festas das quais você foi e seria excluído, pois lhe mostraremos que esse não é seu desejo, mas apenas a pérfida tentação do mundo. Você acha que foi rechaçado? Nada disso; ao contrário, você resistiu à sedução diabólica. Você acha que seu desejo volta e insiste? Nada disso, é o demônio que continua trabalhando para sujar sua pureza.
Graças ao fanatismo, em vez de sofrer com a frustração de meus desejos, oponho-me a eles como se fossem tentações externas. As meninas me dão um certo frio na barriga? Nenhum problema, preciso apenas evitar sua sedução -quem sabe, silenciá-las.
Fanático (e sempre perigoso) é aquele que, para reprimir suas dúvidas e seus próprios desejos impuros, sai caçando os impuros e os infiéis mundo afora.
Há uma lição na história de Realengo -e não é sobre prevenção psiquiátrica nem sobre segurança nas escolas. É uma lição sobre os riscos do aparente consolo que é oferecido pelo fanatismo moral ou religioso. Dito brutalmente, na carta sinistra de Wellington, eu leio isto: minha fé me autorizou a matar meninas (e a me matar) para evitar a frustrante infâmia de pensamentos e atos impuros.
[Folha de S.Paulo, Ilustrada, 14 de abril]
terça-feira, 12 de abril de 2011
Visão Mundial
A Visão Mundial é uma organização não-governamental que combate as causas da pobreza a partir do fortalecimento de crianças, famílias e comunidades a fim de que alcancem seu potencial pleno. Dedica-se a trabalhar lado a lado com as populações mais vulneráveis e a servir a todas as pessoas, sem distinção de religião, raça, etnia ou gênero.
Integra a parceria World Vision International, que atua em quase 100 países, dentre eles o Brasil, onde está desde 1975 oferecendo benefícios diretos a mais de 700 mil crianças, jovens e adultos. Esse trabalho se multiplica em benefícios indiretos para cerca de 2,7 milhões de brasileiros em 13 estados. A organização está presente na região semiárida do Nordeste e do Vale do Jequitinhonha. Amazonas, Tocantins e áreas metropolitanas de Fortaleza, Salvador, Recife, Natal, Maceió, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em seus projetos e programas, prioriza as crianças que vivem em comunidades empobrecidas e em situação de vulnerabilidade. Para que as crianças tenham um futuro digno, a Visão Mundial acredita ser necessário transformar a realidade das famílias e das comunidades em que elas vivem. Por isso, todos os projetos apoiados pela organização têm como meta a promoção do Desenvolvimento Transformador. A Visão Mundial procura assegurar que os processos de Desenvolvimento Transformador sejam sempre baseados na comunidade, sustentáveis e focados no bem-estar das crianças.
Os programas da Visão Mundial desenvolvem ações nas seguintes áreas:
- Geração de renda e empreendedorismo: microcrédito rural e urbano, comércio ético e solidário e agroecologia, com ênfase no cuidado com o meio ambiente.
- Promoção da Justiça para a Infância e Juventude: defesa e promoção dos direitos da criança e do adolescente, com ênfase no protagonismo e no monitoramento de políticas públicas.
- Promoção de bons tratos: Iniciativas de enfrentamento à violência urbana, com ênfase no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes e promoção da cultura de paz.
- Educação para a vida: processos educativos de esporte, arte-cultura e lazer com crianças e adolescentes, com ênfase na formação de jovens para desenvolvimento de ações empreendedoras e inserção no mercado de trabalho.
- Saúde materno-infantil: ênfase em saúde na primeira infância, segurança alimentar e gravidez precoce.
- Assistência humanitária e de emergência: socorro em situações de emergência (enchentes, secas, terremotos etc).
Com alegria, a Igreja Batista Salvador Sal e Luz mantém a adoção de duas crianças em parceria com a Visão Mundial. Para conhecer melhor o trabalho dessa organização acesse o site: www.visaomundial.org.br
segunda-feira, 4 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Mentira
Leitura Bíblica: Apocalipse 22.12-15
“Cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo” (Ef 4.25 a)
Desde a minha infância ouço que primeiro de abril é o dia da mentira. Até hoje não sei a origem da comemoração, e nunca me interessei em descobrir. O que acho triste em tudo isto é que para a mentira há um dia em destaque; por acaso existe o Dia da Verdade? Outra pergunta que faço: o dia da mentira fica restrito a uma data em abril? Infelizmente sabemos que não. A mentira “corre solta” o ano inteiro e, pior, existem pessoas que se gabam por saberem mentir muito bem e enganar os outros. Onde fica a verdade na vida das pessoas? Para alguns, mentir é tão natural que eles mesmos acabam acreditando em suas próprias mentiras.
Não esqueça: em sua Palavra, Deus deixa bem claro que não devemos mentir. O nono mandamento (Ex 20.16) trata do respeito pela reputação do outro, o que inclui o cuidado com a língua e a proibição da mentira. Na Bíblia encontramos vários textos que mostram como a mentira desagrada a Deus. Hoje lemos que os mentirosos não viverão com Deus no céu e permanecerão eternamente separados dele no inferno.
Provavelmente você conhece pessoas mentirosas e até condena a atitude delas, mas e você? Como está nesta área? Você usa a mentira “que não faz mal a ninguém” ou a “meia mentira”? Mente no trabalho porque o chefe mandou você fazer isso? E você, chefe, ordena aos seus funcionários que mintam? Vocês, pais, já mentiram para os seus filhos dizendo que se não fizessem o que deviam o “bicho-papão” os pegaria, ou outras coisas deste gênero? Infelizmente somos tentados dia após dia a mentir para nos livrar de alguma situação incômoda ou para ajudar a encobrir o erro de outra pessoa. Mas o assunto é sério, e Deus espera que sejamos obedientes também nesta área. Lembre-se: Deus ama você e não quer que ninguém minta; se você mente, abandone este mau hábito e fale a verdade em todas as situações.
Dizer que a mentira pode criar algum bem é... Mentira!
Extraído do livro "Pão Diário"