segunda-feira, 14 de junho de 2010

IGREJA? TÔ FORA OU TÔ DENTRO?

IGREJA? TÔ FORA OU TÔ DENTRO?

Ultimamente tenho visto e lido alguns livros voltados para o nosso jeito de ser Igreja Evangélica Brasileira. Por exemplo: Pr. Ricardo Agreste – Igreja? Tô Fora! Paulo Brabo - Bacia da Alma; Wayne Jacobsen - Por que você não quer ir mais a Igreja? ...

Estes escritos chamam a nossa atenção, para revermos conceitos e valores como discípulos de Jesus. Precisamos resgatar valores perdidos enquanto crescemos em número, não podemos permitir que este crescimento seja um “inchaço” mais um rechaço ao império das trevas, que não prevalecerá contra a Noiva do Senhor Jesus, que deve ser sem ruga, sem mancha, santa e irrepreensível. Devemos ser a contracultura de uma cultura utilitarista e consumista. Jesus nos identificou como sal da terra e luz do mundo e o apóstolo Paulo disse para não nos conformarmos com este mundo, mas transformarmos-nos pela renovação da nossa mente, para que possamos experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.

Quero estar sempre de fora de uma Igreja que finge ser, mas no fundo só quer o ter, cujos líderes aparecerão diante do trono e ouvirão Jesus dizer – não vos conheço, apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade. ( Mt. 7 – 23 ). Líderes impostores, autoritários e não servidores.

Quero estar sempre dentro de uma Igreja que faz a vontade, do seu dono, o Senhor Jesus. Este Corpo de Cristo que atua como comunidade do amor, uma Igreja servidora, que brilha diante dos homens com boas obras, que faz o bem sem olhar a quem. Como disse o Arcebispo William Temple: A Igreja é a única sociedade cooperativa no mundo, que existe em benefício dos que não são membros. Combina com a afirmação do Pr. Dietrich Bonhoeffer: A Igreja só é Igreja quando o é para os de fora. Esses homens estão apontando para o fato de que a Igreja é, essencialmente, uma comunidade de discípulos de Jesus em missão no mundo. Igreja que anuncia as Boas Novas de salvação, para amigos, parentes, vizinhos e gente de todas as línguas povos e nações. . .

Quero estar sempre dentro de uma Igreja que reconhece que está se aperfeiçoando, uma Igreja em obra, os agraciados por Deus. Consciente que a pesar da existência dos falsos profetas não opta por uma espiritualidade disfuncional baseada na solidão e na autonomia. Como disse Ricardo Agreste: O desafio que temos é buscarmos uma comunidade que incentiva uma espiritualidade cristã consciente e madura. Que se submete à orientação de pastores e líderes que demonstram compromisso com o caráter de Cristo, como encontramos nas Escrituras: Não deixemos de reunir-nos como Igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros... He. 10.25. “A convivência comunitária é imprescindível para o cuidado mútuo”. Lembrem-se dos seus líderes, que lhes falaram a palavra de Deus. Observem bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé. He. 13.7. Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês. He. 13.17.

A nossa Comunidade Salvador Sal e Luz deve está enquadrada no rol das que fazem a vontade do seu dono, o Senhor Jesus, Aquele que nos remiu com o seu precioso sangue. A Ele toda glória pelos séculos dos séculos amém. É nele que vivemos, nos movemos e existimos... ( At. 17.28). Nesta Igreja eu tô dentro e você?

Jarbas Matos Santos
Pastor

quarta-feira, 9 de junho de 2010

FORÇA PARA VIVER

Força para viverViver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa... O mais difícil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra.Viver é muito perigoso, dizia Guimarães Rosa pela boca do memorável Riobaldo. A vida tem mesmo seus altos e baixos e, além da dificuldade de saber a direção, falta a cada um a força e a competência de seguir em frente. Os obstáculos se multiplicam. A vida é contingente: cheia de imprevistos e surpresas, boas e ruins. Uma proposta para morar longe, um diagnóstico inesperado, a chegada de um bebê, um assalto, um desmoronamento, o cancelamento do vôo, a festa de aniversário, os amigos ao redor da mesa e a demissão inesperada. Além disso, a doença da mãe, o imposto de renda, as aventuras dos filhos e o sobrepeso, obesidade mesmo, denunciada pelo espelho e pela calça que já não se usa mais. E tem também a teimosia dos vícios, as dores da alma, a insegurança emocional, os conflitos relacionais, a culpa, o medo, a ansiedade e a síndrome do pânico – ai que medo. Tem que arrumar o quarto, buscar a roupa na lavanderia, votar para presidente e superar o divórcio. O show não pode parar. E porque viver é muito perigoso, aprender a viver é imperativo.Como enfrentar a travessia? Já que navegar é preciso e viver não é preciso, como dizia o poeta português. Viver é necessário. É preciso viver, não há que desistir da vida. Mas viver é perigoso, justamente porque não é preciso – não é exato. Não é possível singrar a vida como quem corta os mares. A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá, disse o Chico brasileiro.Acho que foi por isso que o sábio Salomão começou a escrever seu Eclesiastes. Queria aprender a viver. Dedicou o coração para saber, inquirir e buscar a sabedoria e a razão das coisas. E concluiu que a verdade está no distante e profundo. A vida é mistério. Viver continuará sendo sempre perigoso. Então apareceu Jesus. Não negou a contingência da vida, nem iludiu os seus com promessas falsas e fantasiosas. Mas apontou um caminho. Apresentou seu Pai aos homens e os homens ao seu Pai. Autorizou todo mundo a buscar, usar e abusar de seu Pai.Jesus disse a todos: Chamem pelo Abba. Ele os ouvirá. Falem com ele em meu nome. Batam na porta. Busquem. Peçam. Gritem. Importunem meu Pai, de dia e de noite. A porta se abrirá. Vocês acharão o meu Pai. Vocês receberão respostas. Serão recompensados pela sua busca, jamais ficarão sem galardão. Meu Pai é atento e cuidadoso. Meu Pai é bom. Meu Pai é amor. Não tenham medo dele.
Não se escondam dele. Não fujam dele. Corram para os braços dele. Ele cuida de flores e passarinhos. Vai cuidar de vocês. Sigam os meus passos. Foi o que fiz. Fechem a porta do quarto e façam suas orações. Eu atravessei a vida de joelhos. E venci. Eu venci o mundo, eu venci o mal, eu venci a morte. E vocês também poderão vencer. Não desistam. Não tenham medo. Viver é perigoso. Mas a graça do meu Pai é maior que vida.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

P-PROBLEMAS E P-PERSPECTIVAS


P-PROBLEMAS E P-PERSPECTIVAS DE UM P-PROTESTANTISMO P-PAU-BRASIL É preciso pensar o protestantismo pau-brasil! Protestantismo do país pentacampeão, penta secular, pós-pentencostal, perigosamente problemático, praticamente pós-moderno! Para pensar, em prolegômenos, o protestantismo principiante do principal país português, precisamos proferir palavras propriamente planejadas, previamente preparadas, pesquisando os períodos do protestantismo pau-brasil: partindo-se do pioneiro e principiante, e prosseguindo até o presente e pós-moderno. Possivelmente poderemos prosseguir pincelando o painel polimorfo protestante! Podemos prosseguir? Perfeitamente! O primeiro protestantismo é o principiante, o primogênito. Primaveril! Parece-me plácido, progressista, platônico e promissor. Produziu profusamente pastores, presbíteros, pregadores e professores. Padeceu perigosamente pelo poder dos padres, pois era protestantismo de persuasão! Porém, prosseguiu, proclamando a Palavra. Para os pesquisadores, pendia para a perspectiva pró-saxônica. Por isso, pasmem! Perdeu a possibilidade de preconizar uma perspectiva protestante pau-brasil. Praticou a perigosa polarização, protelando um protestantismo palpavelmente pentacampeão, um protestantismo perfeitamente pau-brasil. Podemos permanecer perplexos! Pouco passou para o protestantismo preguiçoso projetar-se. Perfeito protetor do passado, o protestantismo preguiçoso priorizou a preservação do pretérito! Progressista e paleozóico, pôs em prisão a profecia! Pôs-se a prosseguir paulatinamente pelo pavimento pachorrento da postergação. “Podemos praticar posteriormente”, pensavam. Para que pressa? Pianissimamente, premiou os prelúdios e os poslúdios. Preconizou as prerrogativas de uma prepotência possivelmente putrefata! Pouco pôde prevalecer, pois permitiu a pluralização parcimoniosa do protestantismo principiante! Era pouco popular, porém pertencia ao “pequeno povo”. Ponderado, premeditado, predeterminado, parou! Praticamente parou! Parou por que? Petrificou! Petrificou para propalar o paternalismo, preservando o personalismo profundamente presente no povo pau-brasil. Pareceu-me parcialmente paranóico, permeado pelo pavor: pavor de prosseguir, pavor de permutar, pavor de prejudicar o passado! Puxa! O protestantismo posterior é o protestantismo pró-pentecostes! Pôs os preteristas em polvorosa! Passou a possuir o perfil de protestantismo propagador! Pareceu prejudicar os plácidos e praticar a preteritoclastia! Passou a pender para uma perspectiva possivelmente pau-brasil. Porém, perseguiu o prazer e profetizou a proibição! Prosseguiu proclamando um protestantismo de Parusia. Passou a pregar pomposamente! Porém, passou a possuir a preferência dos pobres. Pôde pregar e profetizar propriamente para os pobres, os paupérrimos, os piores pervertidos e os pretos preterido pelos poderosos perversos. Precipitadamente, preferiu o profeta e preteriu perigosamente o professor! Possivelmente por isso, passou a pulverizar. Pulverizou em partículas pequeninas, precipitando-se num perfil pavorosamente perturbador! Pôs-se a projetar pontífices próprios. Passou a prognosticar, promover prodígios, perseguir principados e potestades. Proporcionou e potencializou plenamente o perfil polimorfo do protestantismo presente. Paralelamente, projetou-se o protestantismo possivelmente pró-proletariado. Propulsionado por perspectivas políticas, pendeu para um posicionamento predominante em parte do planeta que preconizava a polarização “proletariado-poderosos”. Posicionamente que pulula! Pareceu-me prioritariamente político. Passou a preterir o púlpito, e permutou-o pelo palanque. O pastor-pregador preferiu passar-se por político-prometedor. Perderam-se os papéis! Passaram a praticar a parcialidade, pixando os pecados perversos dos povos poderosos, pisoteando os principais da pirâmide do poder. Porém, politicamente predeterminados, passaram a prender a Palavra para poupar os perversos que possivelmente protegiam o proletariado e praticavam os próprios pecados dos poderosos. Pode? Perdidos, passaram a piscar passionalmente para o pensamento pós-cristão, para os profetas das psicologias prevenidas para com a Palavra e para uma pulverização pós-moderna e perdida do próprio pensamento. Perderam a perspectiva! Preteriram o porto da partida. Procuram o porto promissor, possivelmente perdidos em perspectivas e prazeres passageiros. Papelão! Que Papelão!
Prometendo progredir, pretendo pensar no perfil do protestantismo posterior, o protestantismo pós-pentecostal. Plenamente pós-moderno, é prenhe de problemas perigosíssimos. É perfeitamente paliativo. Passou a proporcionar aos pobres a perspectiva dos poderosos: a prata pode preencher e é prioridade. É o protestantismo do poder, da prosperidade e da psicose. O pastor-profeta passou a possuir o perfil papagueador-promotor. Passa-se por psicólogo, e péssimo psicólogo! Pulverizados na perscrutação da Palavra, porém perversamente projetados pela pragmática da prata, preferem preterir e pisar as palavras dos principais pensadores do próprio protestantismo. Os pós-pentecostais prescrevem práticas parvas e pueris! Proclamam perspectivas perdidas, pisoteando a precisão do pensar! Preconizam pensamentos paliativos! Parecem predeterminados a promover o perecimento pleno dos próprios pobres. Para os pesquisadores, é pretenso protestantismo! Prostituiu-se! Perdeu-se em promiscuidade! Pobre protestantismo! Pobre protestantismo! É preciso praticar o pranto! Paremos com o pessimismo, pois o protestantismo é promissor, pujante e prevalecente. Precisamos pensar e praticar passionalmente o protestantismo parelhado com a Palavra. Para podermos prevalecer, precisamos ponderar e prosseguir. A primeira ponderação é a prioridade da Palavra. Pressuposto primordial! Precisamos pesquisar, perquirir e pescrutar a Palavra. Propulsionados pelo perscrutar persistente da Palavra do Pai poderemos perfeitamente prosseguir. Os preceitos da Palavra perfazem o próximo passo. Precisamos praticar os preceitos do Príncipe da Paz. Palavra e Prática prosseguem em par! Por fim, penso que precisamos priorizar a prece. Perscrutar e praticar a palavra prepara o profeta, o pregador, o pastor a proferir palavras para o Pai Perene. Praticar a prece profetiza o prevalecer perpétuo pelo poder do Pai. Palavra, Preceito e Prece. Perfil perpétuo para o povo do Pai Perene e do Príncipe da Paz. Para sempre permanece a Palavra …

(Psalmus 119.89)

Luiz Sayão
Pastor e Professor

PAU QUE NASCE TORTO MORRE TORTO?


PAU QUE NASCE TORTO MORRE TORTO?


Luiz Sayão“Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe” (Salmos 51:5). Nas últimas décadas tem havido um grande debate nos meios acadêmicos sobre o fator determinante dos atributos humanos. Antes da modernidade, acreditava-se que grande parte dos problemas do homem tinha origem no mundo espiritual. Os doentes mentais, por exemplo, eram sempre vistos como possuídos por um espírito mau. Com o florescimento do método científico e com a multiplicidade metodológica das diversas ciências, a realidade humana passou a ser interpretada mormente a partir de dois enfoques: ambiental e genético. Isso quer dizer que a origem de nosso comportamento, ou procede da influência do ambiente onde vivemos, ou está determinada geneticamente. Desde os anos 1950, houve uma tendência de valorizar o ambiente como principal fator determinador do comportamento humano. Talvez isso possa ser entendido como uma reação ao pesadelo nazista e às teorias racistas e supremacistas presentes principalmente no mundo germânico e anglo-saxão. Assim, muitos antropólogos, psicólogos e sociólogos enfatizaram muito que o contexto à nossa volta molda o nosso jeito de ser.


Aparentemente, o enfoque tem sido mudado nos últimos 20 anos. A sofisticação tecnológica, os estudos sobre o DNA humano e as demais pesquisas genéticas mais recentes têm valorizado a base genética do comportamento humano. A partir daí, muitos têm enfatizado que “engordar muito” pode ser mais genético do que por falta de bons hábitos. As doenças graves têm hora marcada para aparecer, já definidas no próprio DNA humano. Para surpreender a muitos, têm surgido sugestões de que “trair o cônjuge”, “ser estuprador”, “ser assassino”, “possuir tendência heterossexual, homossexual, bissexual ou pansexual” é fator determinado pelo código genético humano. Pareceque o enfoque genético deve receber muita atenção nos próximos anos. Até no campo da lingüística, a teoria da linguagem inata de Chomsky, com a sugestão de que todas as línguas humanas possuem uma “sintaxe básica geral” determinada biologicamente, tem recebido crédito maior. Enquanto isso, os religiosos, dentre eles, muitos evangélicos, ficam assustados diante da possibilidade de que muitos dos comportamentos rejeitados pelo cristianismo histórico venham a ser“finalmente explicados e justificados pela ciência”. A verdade é que muitos estão realmente confusos.Voltando nossa atenção para o texto sagrado, certamente encontramos muita luz sobre o assunto (para variar!). Quando lemos o salmo 51, notamos que a poesia davídica é uma confissão de pecado. O salmista confessa duplamente sua situação de pecado perante Deus.


No versículo 4, ele afirma que pecou contra Deus, isto é, cometeu um ato que fere o padrão moral divino. Por isso, ele lamenta e confessa que Deus tem todo o direito de julgá-lo. Quando lemos o versículo 5, o texto diz literalmente no hebraico: “Eis que fui formado em iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” O significado do texto não é difícil de ser captado. A idéia não é que ele nasceu de um ato pecaminoso em si (ato sexual). Isso não faz sentido no contexto. A NVI corretamente traz o sentido do texto: “Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe.” O salmista simplesmente descobre que o seu problema não foi apenas determinado pelo ambiente. Considerando que o salmo descreve o arrependimento de Davi pelo pecado de adultério com Bate-Seba, o texto mostra que, além dos fatores que possibilitaram a prática do mal, o problema mais sério é que“nascemos” pecadores. Em linguagem bem simples, temos “defeito de fábrica”. Historicamente, a teologia tem chamado isso de “pecado original” ou “natureza pecaminosa”. O problema é que depois de anos de doutrinação humanista, a maioria de nós acredita que nascemos “neutros” ou até mesmo “bons”. Somente depois, por causa de fatores externos, é que nosso comportamento pode ser prejudicado. O pensamento bíblico não precisa temer nenhuma ciência. De fato, o nosso comportamento tem origem espiritual, ambiental e genética. Os três fatores interagem de modo complexo na experiência humana. Um não exclui o outro. Por isso, ainda que se possa comprovar (e provavelmente o farão) que muitos comportamentos perversos do ser humano possam estar relacionados diretamente a um fator genético, isso jamais exclui o “erro objetivo”, jamais “exclui a culpa” e nunca “pode ser justificado”.Será que a presença de muita testosterona em um indivíduo deveria“justificar” um estupro? Talvez ajude a explicar em parte o ocorrido. Hormônios que favoreçam nossa agressividade poderiam “justificar” um homicídio? Podemos afirmar que uma tendência humana perversa ou a prática de um comportamento humano nocivo deve ser “redimido” por ser considerado “natural” ou “biologicamente” explicável? É claro que não! Assim adultério, práticas homossexuais, dependência de drogas, alcoolismo, etc., permanecem como práticas indesejáveis!


É por essa razão que a única esperança está em Cristo. Seu Evangelho nos dá a grande liberdade de transcendermos nossas terríveis limitações tão bem expostas pelos filósofos existencialistas e pelos pesquisadores da genética. Ainda que tenhamos feito o mal e nossas tendências pecaminosas existam desde o nascimento, podemos orar como Davi e crer que seremos perdoados e ganharemos forças para lidar com nossa fragilidade. Isso é extraordinário, pois, finalmente, podemos contar com a realidade de que, apesar do que somos, da criação que recebemos, das limitações culturais e de toda a carga genética letal que tenhamos herdado, por causa de Cristo e de Seu Evangelho, “pau que nasce torto não precisa morrer torto”.


Luiz Sayão é lingüista, editor acadêmico de Edições Vida Nova e ganhou o prêmio

Abec de Personalidade Literária

terça-feira, 1 de junho de 2010